“O Al-Wifaq pode confirmar que o xeque Ali Salman foi detido”, lê-se no curto comunicado.
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“Está sob detenção na sequência de uma série de medidas ilegais, que incluíram a sua comparência no gabinete de investigação criminal e o seu deferimento para a procuradoria”, acrescenta o texto.
Num outro comunicado, o movimento indicou que os seus militantes começaram a juntar-se em frente da residência do líder, depois de saberem da sua detenção, para “exigir a sua libertação imediata”.
O Al-Wifaq, o mais importante grupo da oposição no Bahrein, defende uma “verdadeira” monarquia constitucional no pequeno reino do Golfo Pérsico, povoado por uma maioria xiita e governado pela dinastia sunita dos Al-Khalifa.
O movimento afirma recusar a violência, mas as autoridades atribuem-lhe os distúrbios que se têm registado no país desde o início da contestação xiita, em fevereiro de 2011.
Perante a persistência da contestação, as autoridades aprovaram este verão um endurecimento das penas para os autores de incidentes violentos e a aplicação da pena de morte ou de prisão perpétua nos casos em que há mortos ou feridos.
As autoridades decidiram também proibir as manifestações na capital, Manamá.
Segundo a Federação Internacional dos Direitos Humanos, 89 pessoas foram mortas no Bahrein desde o início do movimento de contestação.