A que valor os produtores de petróleo ganham?

A que valor os produtores de petróleo ganham?

13/06/2013 – 19:52:28

Despesas das petromonarquias superam as arrecadações com a venda

ISTAMBUL – A economia do Golfo Pérsico é dinâmica. Apesar dos pontos periféricos problemáticos – de Bahrein até o Egito e a Síria – os produtores do Golfo permanecem otimistas. Mas, existe uma nuvem sobre o horizonte, a qual, analistas e economistas já começaram a considerar: O velozmente crescente “ponto morto” dos produtores de petróleo, dos quais, as arrecadações sustentam a economia periférica, incluindo, também, a parte que não está baseada no petróleo.

O “ponto morto” é o preço no qual as arrecadações pelas vendas de petróleo cobrem o custo das importações para os vários países do Golfo. No início da década de 1990, quando os preços do petróleo despencaram bem mais que US$ 50 barril, os países do Golfo apertaram seus cintos. Um preço de petróleo entre US$ 45-US$ 60 o barril, dependendo do país – era suficiente para pagar as despesas.

Mas, quando a partir de 2003 os preços do petróleo foram lançados às alturas, atingindo US$ 148 o barril, aumentaram, também, as despesas no Golfo Pérsico. Foram realizadas várias obras de infra-estrutura, como o metrô de Dubai, fábricas de produtos petroquímicos e, construídas cidades educacionais, como a Universidade de Ciência e Tecnologia do rei Abdullah, na Arábia Saudita.

Mais recentemente, em um esforço para aliviar a convulsão das revoluções árabes ao seu redor, as várias petromonarquias do Golfo abriram as torneiras das despesas sociais. A Arábia Saudita, por exemplo, comprometeu-se investir mais de US$ 100 bilhões para salários desemprego, construção de moradias, instituições educacionais e, outros “presentes” em benefício das populações.

“Enquanto cresceram as arrecadações pelas vendas de petróleo, as despesas aumentam muito mais rápido”, avalia Ahmad Shah Masood, diretor e economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a região do Grande Oriente Médio, incluindo a África do Norte e a Ásia Central.

Considerando que muitas despesas são, rigorosamente, necessárias e, a região até o momento tem evitado realizar grandes obras que sinalizaram a explosão do petróleo da década de 1970, o “ponto morto” tem aumentado consideravelmente.

Os países

Os Emirados Árabes Unidos precisam agora preços para o petróleo superiores de US$ 75 o barril para que permaneçam no “ponto morto”, de acordo com o FMI. A Arábia Saudita precisa preço de US$ 80 o barril. O “ponto morto” do Iraque é ligeiramente inferior de

US$ 100 o barril. Já o preço do barril de petróleo do Irã está em US$ 140, isto é, quase a metade do preço-base previsto pelo FMI.

Os crescentes preços dos “pontos mortos” passaram, essencialmente, sem serem vistos, enquanto os preços do petróleo aumentavam. Mas, após a pulverização durante a década de 2008, foram recuperados e estabilizaram-se em nível bem inferior do apogeu, enquanto o problema tornou-se, novamente, visível. Nos últimos dois anos, as despesas continuaram aumentando apesar da redução das arrecadações pelas vendas de petróleo. Por enquanto, os produtores de petróleo têm uma reserva de dezenas e, no caso da Arábia Saudita centenas de bilhões de dólares, que acumularam durante a última década.

A maioria dos exportadores de petróleo encontra-se, ainda em nível bem inferior de seu “ponto morto”. Mas, o elevado volume de suas despesas os deixa frágeis em uma queda dos preços prevista por muitos, considerando que, a produção mundial de petróleo espera-se que será aumentada, enquanto, o ritmo de demanda pelos países emergentes será, possivelmente, desacelerado.

Ainda em preços atuais do petróleo, certos exportadores registram volumes de despesas maiores do que de suas arrecadações. Assim, se os exportadores não começarem a moderar suas despesas, os déficits fiscais poderão surgir no Golfo Pérsico já a partir de 2016.

“Para alguns – como diz Ahmad Shah Masood- os déficits já estão na esquina”.

Georges Pezmatzoglu

Correspondente.

 

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