O Ministério do Interior disse em comunicado que o incidente aconteceu depois que um carro da polícia foi alvo de um “ataque terrorista” com coquetéis molotov. O órgão argumenta que os agentes responderam “de acordo com a lei”.
“Um dos participantes deste ato terrorista ficou ferido e posteriormente declarado morto no mesmo lugar”, disse o Ministério.
No entanto, familiares e testemunhas desmentiram esta versão em declarações à Agência Efe. Eles asseguraram que a polícia realizou uma emboscada contra os manifestantes.
“Estávamos protestando e ele estava na frente”, disse um membro das manifestações que pediu para não ser identificado.
“Quando chegamos na estrada principal, um policial que estava escondido abriu fogo a queima-roupa, e quando Namah caiu, o agente pôs seu pé sobre o corpo e lançou gás lacrimogêneo para se assegurar que ninguém chegasse perto dele”, acrescentou.
Forças de segurança isolaram o local onde o jovem foi morto. Houve enfrentamentos entre familiares do adolescente e a polícia, que utilizou gases e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes e jornalistas presentes.
A morte do rapaz ocorreu horas depois de o Bahrein ser eleito representante da Ásia no comitê consultivo do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Segundo a oposição, já morreram no Bahrein 114 pessoas desde que começaram os protestos contra o regime, em fevereiro de 2011. Este pequeno reino de maioria xiita é cenário desde então de contínuos protestos populares em favor de reformas políticas. Essas manifestações foram reprimidas pela força pela monarquia sunita governante.