No topo do mundo: ninguém chegou perto de Sebastian Vettel no Bahrein (Foto: Mark Thompson / Getty Images)
Ok, lá vamos nós para mais uma Análise do Grande Prêmio. Não é muito difícil adivinhar quem ganhou a nota mais alta dessa vez, não é mesmo? Pois é… foi um daqueles dias em que Sebastian Vettel esteve sublime. Ninguém chegou perto de superar o tricampeão. A nota 10 dele foi provavelmente a parte mais fácil de todo este post para escrever, mas há muito mais o que comentar sobre o GP do Bahrein. Sem enrolar mais, vamos lá:
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Os três melhores
Sebastian Vettel – Uma vitória ao estilo Vettel. Desde o início, ele foi imbatível. O GP do Bahrein se transformou numa daquelas corridas em que já fica claro que Vettel vai vencer lá pelas voltas 10 ou 11, mais ou menos. Era apenas o início da prova, mas já estava na cara que ninguém conseguiria superar o tricampeão. Uma performance dominante e perfeita para ele.
Paul di Resta – A disputa interna da Force India será dura ao longo do ano e Di Resta ganhou pontos importantes no Bahrein. Enquanto o companheiro Adrian Sutil se atrasava com um furo de pneu na largada, o escocês aproveitou por completo a oportunidade de marcar pontos numa pista onde o carro se adaptou bem. O pódio escapou por pouco, mas Di Resta fez o máximo que dava.
Romain Grosjean – Pensei bem ao escolher o francês ao invés de Kimi Raikkonen. Se Kimi terminou a corrida à frente, por que o companheiro deveria estar aqui? Por um motivo simples: Grosjean precisava muito mais do resultado do que o Homem de Gelo. Estava sob bem mais pressão e começou a corrida numa posição mais complicada, mas fez uma belíssima corrida de recuperação até o pódio. Ao menos por algum tempinho, Grosjean pode respirar aliviado.
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Os três piores
Esteban Gutiérrez – Mais um fim de semana complicado para o mexicano, cujo início de carreira na Fórmula 1 não vem sendo nada brilhante. Além de lento – ser eliminado no “Q1” já está virando regra para ele… – Gutiérrez ainda é atrapalhado. Dessa vez, um toque na largada arruinou seu dia. O piloto da Sauber terminou atrás até da Caterham de Charles Pic. Uma corrida fraca e ruim.
Jean Eric-Vergne – O GP do Bahrein foi miserável para o francês da Toro Rosso. Discretíssimo na classificação e sem sorte na corrida, Vergne acabou como o único piloto a abandonar. Tudo por causa de um erro no início da prova, que o fez rodar no meio da pista e ser o alvo perfeito para ser atingido por Giedo van der Garde. Com a suspensão comprometida, desistiu do GP – mas não que a falta dele tenha sido muito sentida…
Daniel Ricciardo – A corrida no Bahrein realmente foi fraquíssima para a Toro Rosso. O carro que restou na prova, o de Daniel Ricciardo, não fez absolutamente nada. O australiano terminou a prova bem distante do pelotão intermediário e sua volta mais rápida ficou abaixo dos tempos dos pilotos de Caterham e Marussia. Realmente foi um domingo para a equipe inteira esquecer.
Pois é, Button, parece que seu novo companheiro é Ligeirinho mesmo… (Foto: Clive Mason / Getty Images)
Destaques positivos
Melhor estratégia – Impressionante como a Lotus conseguiu reverter um treino classificatório e uma largada ruins num pódio duplo para seus pilotos. Tanto Kimi quanto Grosjean saíram lá do meio para terminar nas primeiras posições. Os pilotos têm méritos, mas é claro que a equipe está mandando bem também. Ninguém entendeu tão bem os detalhes estratégicos de 2013 melhor do que a Lotus.
Maior surpresa – Olha, ninguém esperava a pole position de Nico Rosberg. Talvez nem mesmo o próprio alemão. A Mercedes não vinha andando bem nos treinos livres, mas Rosberg surpreendeu todo mundo e fez uma brilhante pole. Pena que não a alegria não durou muito tempo. Na corrida, ele ficou logo para trás e passou longe de brigar pela vitória.
Melhor ultrapassagem – Não chegou a ser uma manobra plasticamente bonita. Nem tão arriscada ou agressiva assim. Mas valeu por ter sido decisiva e fundamental para a vitória. A ultrapassagem de Sebastian Vettel sobre Nico Rosberg logo no início da prova – por fora, perfeitamente calculada na saída da curva 4 – foi emblemática para mostrar que o dia era do tricampeão. Dali em diante, ninguém mais se aproximou dele.
Melhor disputa de posição – Foi divertida a batalha entre os dois pilotos da McLaren. Jenson Button não gostou muito e Sergio Pérez saiu bem fortalecido. O mexicano respondeu à altura aos pedidos da equipe para que fosse mais agressivo. Talvez até demais – Button ficou contrariado com as atitudades do mexicano – mas para quem assistia a tudo de fora foi bem divertido. Sem dúvidas, a grande disputa da corrida.
Ponto alto do fim de semana – Mesmo não tendo sido uma corrida memorável, o GP do Bahrein teve uma série de trocas de posição e foi razoavelmente animado. Mas o melhor foi ver Fernando Alonso disputando de igual para igual com os demais pilotos sem o uso da asa-móvel. Uma prova de que o artifício não é necessariamente essencial para promover ultrapassagens na Fórmula 1.
Ô Alonso, fecha aí essa asa que não pode usar aberta aí não! (Foto: Clive Mason / Getty Images)
Destaques negativos
Pior evolução – Largar em quarto e terminar em 15º pode ser considerado um desastre. Assim foi o dia de Felipe Massa no Bahrein. Nada deu certo para o brasileiro: ritmo fraco, estratégia ruim e – claro – dois pneus furados jogaram sua corrida no lixo. Parecia que Massa tinha chances até de sonhar com a vitória após o treino de sábado, mas o domingo acabou sendo de mais frustração.
Pior estratégia – Conhecido por ser um dos pilotos de tocada mais “suave” no grid, Jenson Button teve que se desdobrar para conter os ataques do companheiro Sergio Pérez e acabou se dando muito mal. Gastou toda a borracha que podia e foi obrigado a fazer quatro pit stops. A estratégia equivocada quase o tirou dos pontos. Não fosse o azar de Massa, Button provavelmente teria saído zerado do Bahrein.
Pior azar – Furar pneus é algo que acontece, mas duas vezes na mesma corrida? Felipe Massa teve um domingo de pouca sorte e viu sua corrida estragada pelos azares com os pneus Pirelli. A grande “zica” do dia, porém, ficou com a Ferrari como um todo. O problema de Fernando Alonso com a asa-móvel são desses defeitinhos imprevisíveis e que acabam com a corrida de qualquer um. Não era mesmo o dia dos carros vermelhos…
Pior barbeiragem – Não foi um fim de semana de tantas trapalhadas nas pistas. Talvez a pior barbeiragem tenha sido a de Esteban Gutiérrez durante os treinos de sexta. Ao se aproximar para passar Charles Pic, o mexicano errou a trajetória na curva, deixou o carro esparrarar e – pimba! – deu direto no francês. Um erro de pilotagem clássico e de novato. Pic prosseguiu sem dramas, mas Gutiérrez furou o pneu e voltou envergonhado aos boxes:
Ponto baixo do fim de semana – Ambiente tenso, arquibancadas vazias e todo mundo ansioso para ir embora logo. Visitar o Bahrein realmente não é algo que anima muito a turma da Fórmula 1 ultimamente. Tudo porque o clima político no país continua instável e a corrida acaba servindo a cada ano para acirrar os ânimos entre o governo e os rebeldes que lutam por uma revolução. Quando o esporte fica em segundo plano, isso nunca pode ser bom.
22 notas em 22 palavras
Sebastian Vettel. Imbatível. Nota 10
Kimi Raikkonen. Tranquilo. Nota 9
Romain Grosjean. Aliviado. Nota 9
Paul di Resta. Eficaz. Nota 9
Lewis Hamilton. Surpreso. Nota 7
Sergio Pérez. Agressivo. Nota 8
Mark Webber. Instável. Nota 5
Fernando Alonso. Batalhador. Nota 7
Nico Rosberg. Fugaz. Nota 6
Jenson Button. Combativo. Nota 5
Pastor Maldonado. Conformado. Nota 6
Nico Hulkenberg. Discreto. Nota 5
Adrian Sutil. Valente. Nota 5
Valtteri Bottas. Silencioso. Nota 5
Felipe Massa. Descalço. Nota 4
Daniel Ricciardo. Esquecido. Nota 3
Charles Pic. Esforçado. Nota 7
Esteban Gutiérrez. Atrapalhado. Nota 2
Jules Bianchi. Mediano. Nota 5
Max Chilton. Vagaroso. Nota 4
Giedo van der Garde. Distante. Nota 3
Jean-Eric Vergne. Atingido. Nota 2
Três conclusões para se tirar do GP do Bahrein
– Sebastian Vettel foi o grande “campeão moral” nesta fase de abertura da temporada.
– Sergio Pérez deu o recado: não quer ser o escudeiro de Jenson Button na McLaren.
– A Force India ainda vai incomodar muito as equipes grandes ao longo da temporada de 2013.
Próxima parada: GP da Espanha. É a terra de Fernando Alonso, local ideal para o bicampeão buscar uma recuperação. O intervalo de três semanas será suficiente para as equipes levarem várias novidades em seus carros e prever o resultado vai ficar ainda mais complicado do que já estava nessas corridas iniciais. Basta lembrar que ano passado o triunfo em Barcelona foi de Pastor Maldonado. Será que vai ter alguma zebra de novo?
Enquanto isso, fique com os melhores momentos do GP do Bahrein:
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