4/12/2014 às 15h35
Manama, 4 dez (EFE).- A ativista bareinita Zainab Al-Khawaja foi condenada nesta quinta-feira a três anos de prisão e a pagar uma multa de três mil dinares (US$ 20.631) por rasgar uma foto do rei do Bahrein, Hamad bin Isa al-Khalifa, informaram à Agência Efe fontes de sua defesa.
A Justiça impôs essa pena poucos dias depois do nascimento de seu filho e que sua irmã mais nova fosse condenada à revelia a um ano de prisão por agredir policiais. Zainab Al-Khawaja foi julgada por ter rasgado, em 14 de outubro, uma imagem do monarca durante um dos julgamentos que enfrenta por outros casos, no qual defendeu que tinha “o direito e a responsabilidade, como uma pessoa livre, de protestar contra a opressão”.
Ela tem ainda aguarda julgamento por outras quatro causas pendentes por destruir uma propriedade policial durante uma de suas detenções e de insultar autoridades, entre outras acusações.
A ativista já passou um ano na prisão, até fevereiro de 2014, por se manifestar e insultar a polícia, e foi detida recentemente por entrar em uma área restrita quando visitava seu pai na prisão.
O pai, Abdulhadi al-Khawaja, com dupla nacionalidade bareinita e dinamarquesa, foi um dos 21 líderes opositores acusados de querer derrubar o regime durante os protestos reformistas de 2011 no país. Ele foi condenado junto a outras sete pessoas por um tribunal militar a prisão perpétua, mais tarde confirmada por uma corte civil.
A família al-Khawaja ficou exilada durante 12 anos e retornou ao Bahrein em 1999. Desde então, vários membros foram detidos em diversas ocasiões.
O Bahrein, de maioria xiita, mas governado por uma monarquia sunita, é palco desde fevereiro 2011 de protestos populares para reivindicar reformas políticas, que foram reprimidas com força pelas autoridades. EFE
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