São Paulo – Os ativos islâmicos em bancos comerciais irão ultrapassar US$ 778 bilhões em 2014. A informação é do World Islamic Banking Competitiveness Report 2014-15: Participation Banking 2.0 da Ernst Young (EY), divulgado nesta terça-feira (02). O relatório exclui o Irã.
Segundo o documento, cerca de 95% dos ativos internacionais islâmicos em bancos comerciais estão baseados em nove mercados principais, cinco dos quais fazem parte do Conselho de Cooperação do Golfo (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Kuwait e Bahrein). Na Arábia Saudita, Emirados, Catar, Kuwait, Bahrein e Malásia, a participação de mercado destes ativos gira entre 20% e 49%. Na Arábia Saudita é de 48,9%, no Kuwait é 44,6% e no Bahrein 27,7%.
“Os seis mercados de crescimento rápido (Catar, Indonésia, Arábia Saudita, Malásia, Emirados e Turquia) lideraram 80% dos ativos bancários internacionais islâmicos, que somaram US$ 625 bilhões em 2013. Espera-se que os ativos destes países continuem a crescer, alcançando US$ 1,8 trilhão em 2019”, afirmou Gordon Bennie, chefe de Serviços Financeiros da região do Oriente Médio e Norte da África na EY, segundo comunicado da empresa.
De acordo com o estudo da EY, Arábia Saudita e Malásia, além da Turquia e Indonésia, irão liderar o futuro na área. “Os principais mercados direcionadores para os bancos islâmicos continuarão sendo Arábia Saudita e Malásia, com a Turquia e a Indonésia também se estabelecendo como grandes centros bancários islâmicos”, destacou Ashar Nazim, chefe global de Finanças Islâmicas da EY.
Os bancos islâmicos têm algumas regras próprias, que seguem determinações da sharia, a lei islâmica. Estas normas diferem dos bancos tracidionais, como, por exemplo, proibindo a cobrança de juros e a especulação do capital.