O governo do Bahrein impôs nesta terça (30) uma proibição a protestos populares e ameaçou processar grupos que estariam promovendo manifestações e embates violentos neste pequeno reino do Golfo Pérsico desde o ano passado.
A determinação, anunciada pelo Ministério do Interior, é a maior tentativa de conter o levante contra o governo desde que leis marciais entraram em vigor no país durante os primeiros meses da onda de violência, que teve início em fevereiro de 2011 e já causou mais de 50 mortes.
A ordem aumenta a pressão sobre grupos políticos da maioria muçulmana xiita do Bahrein, que têm liderado os protestos numa tentativa de aumentar sua influência no país, dominado por muçulmanos sunitas.
Medidas mais duras contra os oposicionistas podem gerar complicações para Washington e outros aliados ocidentais que vêm apoiando a monarquia do Bahrein ao longo do mais de 20 meses de tumultos. Os EUA têm importantes laços militares com o Bahrein, onde fica a Quinta Frota Marinha norte-americana, mas têm apelado às autoridades locais que busquem o diálogo para diminuir as tensões.
Os xiitas representam cerca de 70% da população de 525 mil pessoas, mas alegam ser vítimas de discriminação e de não poderem ocupar cargos políticos e de segurança.