Os arredores da capital do Bahrein, Manama, voltaram a ser palco de protestos e confrontos contra as forças da ordem.
O motivo foi a detenção no domingo de Sheikh Ali Salman, líder do principal partido da oposição xiita, al-Wefaq, Sociedade Nacional Islâmica.
A polícia usou gás lacrimogéneo para conter a fúria da multidão que arremessou pedras e outros objetos contra as autoridades.
Ali Salman é acusado de insultar a justiça e o governo e de incitar a violência sectária.
O reino do Bahrein, uma ilha próxima da Arábia Saudita, de maioria xiita, é dominado há décadas por uma monarquia sunita. O parlamento, eleito, tem poucos poderes já que o chefe de governo é nomeado pelo Rei, Hamad bin Isa Al Khalifa.
A detenção do Sheikh, no domingo, surgiu na sequência de um outro protesto contra as eleições parlamentares e municipais do início do mês, alvo do boicote dos opositores xiitas, que advogam uma democracia completa.
Os protestos esporádicos já duram deste 2011 e nos últimos tempos as ações violentas têm subido de tom com ataques à bomba contra a polícia. Este mês duas pessoas morreram em dois ataques distintos.