Bancos islâmicos querem entrar no mercado russo

Durante a Cúpula de Investimentos Islâmicos, realizado em Bahrein, o
diretor-executivo de supervisão de instituições financeiras do Banco Central de
Bahrein, Abdul Rahman Al Baker, declarou ao jornal “Kommersant” que pelo menos
dois bancos islâmicos estão ativamente procurando parceiros no mercado russo.

“Esses bancos estão negociando com instituições de crédito russas para acessar
o mercado russo”, disse Al Baker. Segundo ele, ambas as instituições árabes
estudam o mercado russo há algum tempo, mas o processo para entrada no país é
dificultado devido à falta de normas russas necessárias para operar em
conformidade com as regras da lei islâmica.

“Em primeiro lugar, os bancos islâmicos estão interessados no financiamento
corporativo, que pode ser realizado sob as regras russas, mas apenas em determinadas
áreas de negócios – excluindo financiamento de jogos de azar, álcool, empresas
de produção de carne de porco etc”, acrescentou o executivo.

O primeiro vice-presidente do banco Al Baraka, Khalid Al Qattan, confirmou a condução
de negociações com vários bancos russos, mas reiterou que nenhum acordo não foi
assinado ainda. 
O Al Baraka Banking Group, que opera no Oriente Médio, Ásia, Europa e África, é
um dos maiores bancos islâmicos do mundo.

O banco islâmico sudanês Al Shamal, que também vem mantendo conversações
com as instituições russas, é um dos maiores bancos do Sudão e um dos
principais bancos islâmicos no norte da África.

O que é um ‘banco islâmico’?

Este termo se refere a um sistema ou atividade bancária que seja compatível com os princípios da lei islâmica Sharia: proíbe o pagamento de taxas para o empréstimo de dinheiro, bem como investir em empresas que fornecem bens ou serviços considerados contrários a seus preceitos.

Com o fechamento dos mercados europeus e norte-americanos para os bancos russos,
após as introdução de sanções econômicas, observa-se um aumento da cooperação
com bancos orientais. “Muitos bancos islâmicos estão elaborando planos de
entrada na Rússia através de parceiros locais”, diz Lenar Iakupov, conselheiro
do premiê da República do Tatarstão.

“Mais de 20 milhões de muçulmanos vivem na Rússia, temos um ambiente natural
para o desenvolvimento de bancos islâmicos”, diz o diretor-executivo de
desenvolvimento de negócios do Conselho de Desenvolvimento Econômico de
Bahrein, Vivian Jamal.

Em junho, será a vez do presidente do Banco Islâmico de Desenvolvimento
(IDM), Ahmad Ali Al-Madani, se reunir em Moscou com a presidente do Banco
Central da Rússia, Elvira Nabiúllina.

 

Publicado originalmente pelo jornal Kommersant

 

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