Com azar nos pits na última corrida no Bahrein, Maldonado acabou não conseguindo pontuar até agora em 2015. Mas não foi só lá que o venezuelano teve azares. Na Austrália um toque de Felipe Nasr o tirou na segunda curva. Na Malásia, um toque de Valtteri Bottas furou seu pneu na largada. Na China, um erro na entrada dos pits em decorrência de um problema mecânico acabou com suas chances.
Por isso, no local onde venceu há três anos, o Circuito da Catalunha, Pastor espera fazer as pazes com a sorte. Isso, apesar da pressão que sente dos fãs, de seu país e da opinião geral da Fórmula 1 por sempre estar envolvido em acidentes.
“Quando você é piloto de Fórmula 1, é encarado pelos fãs. No meu caso, também enfrento um grande país [Venezuela], dando duro e com grandes esperanças do meu lado”, disse Maldonado.
“Parece que a cada vez que há um erro ou acidente, mesmo que seja de outros pilotos, a culpa é minha. Mas não é assim. Eu sou um piloto de Fórmula 1. Tenho um monte de seguidores no bom sentido e no sentido ruim ao mesmo tempo. Talvez tenha alguma pressão política na Venezuela, porque há algumas diferenças políticas, porque o governo vem apoiando minha carreira por muito tempo. Os opositores tentam olhar para cada detalhe para atacar em algum momento”, explicou.
“Mas isso é parte da minha vida – e não é novo. Talvez seja novo aqui na Fórmula 1, porque eu estou aqui, mas isso é proveniente de muitos anos. Eu sou bom para sobreviver com isso. Com certeza não é o melhor, mas é o que temos, por isso precisamos continuar, manter o foco e tentar entregar nosso melhor o tempo todo.”
Ele admite que a pressão que sofre às vezes é “dolorosa”, mas diz que aprendeu a lidar com isso ao longo dos anos.
“É muito pesado. Dos fãs, da imprensa e mesmo do meu país, porque eles estão investindo na Fórmula 1 “, disse Maldonado.
“Este projeto começou há mais de 10 anos, quando eu estava na Fórmula Renault. Ganhei o campeonato e eles decidiram construir um projeto e me fazer chegar na Fórmula 1. Mesmo com a PDVSA apoiando outros pilotos, eu fui o único a ter a possibilidade de vir para a F-1.”
“Com certeza é uma grande pressão, mas ao mesmo tempo você sobrevive. Na Fórmula 1 é assim: pressão é tudo, não é? Você precisa entregar a cada semana o seu melhor, não só na pista, mas fora também.”