Seu adversário, o xeque Salman, que também comanda a Confederação Asiática de Futebol, é considerado um dos favoritos na eleição
Publicado em 11/02/2016por Agência Estado
Campinas, SP, 11 – Candidato à presidência da Fifa, o príncipe Ali bin al Hussein questionou nesta quinta-feira o xeque Salman bin Ibrahim Al Khalifa, seu adversário na eleição, por supostamente não ter protegido os jogadores do Bahrein, que chegaram a ser detidos por participarem de protestos pró-democracia em 2011.
- Confira!
- Xeque Salman defende acordo para eleição da Fifa ter só um candidato
Na declaração mais forte até agora sobre os direitos humanos antes da eleição, marcada para 26 de fevereiro, o príncipe jordaniano rejeitou a defesa do xeque bareinita, de que problemas de segurança nacional estão além do controle de dirigentes esportivos.
“Como você vai ganhar o respeito de todo o mundo e dos jogadores de todo o mundo, bem como das FAs (as Associações de Futebol), se você não pode nem mesmo cuidar do seu próprio país?”, questionou o príncipe Ali.
Logo após se tornar candidato, o xeque Salman negou veemente ter ajudado na identificação de atletas que participaram da onde de protestos, que ficou conhecida como Primavera Árabe, há cinco anos.
Alguns jogadores bareinitas alegaram que foram torturados por forças do governo quando estiveram detidos pela participação nos eventos pró-democracia. Naquela época, Salman era presidente da Associação de Futebol do Bahrein. Ele, porém, sempre se defende afirmando que as lideranças esportivas não podem se envolver com questões governamentais.Nesta quinta-feira, 15 dias antes da eleição da Fifa, Ali questionou o argumento. “Se um candidato estava em uma posição antes e simplesmente diz que, ‘Essas questões tem a ver com política e, portanto, não posso interferir? Não. Se você não cuida dos seu próprios jogadores, se você não fica com eles, isto é um problema”.
O xeque Salman, que também comanda a Confederação Asiática de Futebol, é considerado um dos favoritos na eleição presidencial da Fifa, ao lado do suíço Gianni Infantino, o secretário-geral da Uefa. Além deles e do príncipe Ali, o francês Jérome Champagne e o sul-africano Tokyo Sexwale também disputam o comando da entidade.
Open all references in tabs: [1 – 6]