O xeque bareinita Salman bin Ibrahim Al Khalifa, um dos candidatos à presidência da Fifa, rechaçou categoricamente as acusações de que permitiu e participou de abusos dos direitos humanos após protestos a favor da democracia no seu país.
A entrada do membro da família real na eleição como um dos sete candidatos reacendeu as acusações de 2011 de que ele liderou uma comissão que identificou jogadores da seleção nacional de futebol e outros atletas que foram detidos por terem participado dos protestos nas ruas. A Agência de Notícias Associated Press informou em 2011 que mais de 150 atletas e dirigentes esportivos foram presos, e alguns deles alegaram que foram torturados pelas forças do governo.
Grupos de direitos humanos no Bahrein, além da imprensa, apontaram o papel do xeque Salman, então presidente da federação de futebol do país do Golfo, na comissão. “As acusações recentes são inteiramente falsas e categoricamente rechaçadas pelo xeque Salman”, disse o comitê da campanha do bareinita.
Porém, o comunicado reconheceu que o dirigente foi proposto para “encabeçar um comitê investigador sobre os eventos de 2011”. “Esse comitê nunca se estabeleceu formalmente e jamais conduziu investigações de nenhum tipo”, afirma o comunicado. “Para que fique claro e diante da reciclagem de acusações históricas na imprensa, o xeque Salman não teve qualquer papel na identificação, investigação, acusação ou maus-tratos de qualquer indivíduo como tem sido acusado”.
O xeque Salman é um dos favoritos para a eleição da Fifa, que será em 26 de fevereiro. O bareinita, de 49 anos, foi eleito presidente da Confederação Asiática de Futebol em 2013, quando as acusações de violação dos direitos humanos ressurgiram. Ele foi reeleito em abril, quando também foi nomeado como um dos vice-presidentes da Fifa.