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O sheik bahrenita Salman bin Ebrahim Al-Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC) e candidato exercer o cargo de máximo dirigente da Fifa, rechaçou nesta terça-feira as acusações de que tenha envolvimento em caso de tortura a jogadores do reino árabe.
O membro da família real do Bahrein, de 49 anos, teria, segundo grupos de defesa dos direitos humanos, ajudado na identificação de atletas que participaram em 2011 de manifestações a favor da democracia.
“Não posso negar algo que nunca fiz. Estas acusações não causam prejuízo só a mim, mas a meu país e as pessoas de meu país. São mentiras desagradáveis, que se repetiram várias vezes até agora”, disse o dirigente à emissora britânica BBC Sport.
Al-Khalifa era o presidente da federação bahrenina quando as forças de segurança foram para as ruas, na tentativa de conter manifestações favoráveis reforma política no reino, o que resultou em sangrenta batalha, com mortes registradas, inclusive.
Organizações humanitárias apontaram que o dirigente colaborou com a identificação de jogadores de futebol que estavam nos atos e que acabaram presos e torturados, posteriormente.
O sheik confirmou nesta segunda-feira que apresentou candidatura à presidência da Fifa, para eleições que acontecerão em 26 de fevereiro do próximo ano. A participação no pleito, no entanto, ainda não está confirmada, já que toda a documentação está em fase de análise.
O presidente da AFC já adiantou que apoia a manutenção de Rússia e Catar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente, que não terá salários e que limitará o tempo no cargo de mandatário da federação internacional para 12 anos.