São Paulo – Cinco nações árabes constam na lista do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) de países com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito elevado. Entre 49 que integram o ranking, o Catar é 31º e o primeiro entre os árabes. Também são classificados assim a Arábia Saudita, em 34ª, os Emirados, em 40º, o Bahrein, em 44º lugar, e o Kuwait, na 46ª posição. A Noruega, a Austrália e Suíça lideram a lista, por ordem crescente.
O IDH indica a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico de um país, com avaliação nas áreas de saúde, educação e renda. O índice varia de zero a um. Quanto mais próximo de um, melhor está classificado o país. A Noruega, a primeira da lista no levantamento divulgado nesta quinta-feira (24) referente ao ano passado, teve IDH de 0,944. O Catar tem 0,851, a Arábia Saudita 0,836, os Emirados 0,827, o Bahrein 0,815 e o Kuwait 0,814.
As Nações Unidas classificam os países em quatro níveis de IDH: muito elevado, elevado, médio e baixo. O Brasil integra o grupo de nações com índice elevado, de 0,744. Ele é o 79º no ranking geral. Entre os árabes, têm IDH elevado Líbia, Omã, Líbano, Jordânia e Argélia. Destes, apenas a Argélia está atrás do Brasil, em 93ª posição, com 0,717.
Os árabes que têm desenvolvimento humano médio são Palestina, Egito, Síria, Iraque, Marrocos. A lista de países com IDH baixo é integrada pelos árabes Iêmen, Ilhas Comores, Mauritânia, Sudão, Djibuti. Duas nações árabes, Tunísia e Somália, não estão classificadas. A média das nações que têm IDH muito elevado é 0,890, a das que têm elevado é 0,735. Os índices médios são de 0,614 e os baixos de 0,493. A média de IDH dos árabes é 0,682.
No mundo árabe, Ilhas Comores caiu uma posição na sua classificação em relação à medição de 2012, o Egito caiu duas posições, o Kuwait também caiu duas, a Líbia caiu cinco, a Mauritânia caiu duas e a Síria caiu quatro. O Marrocos foi o único que melhorou, em duas posições. Os demais permaneceram no mesmo lugar no ranking.
O relatório ressalta que a maior parte dos países do mundo melhoraram seus níveis de desenvolvimento humano em relação à situação em que se encontravam em 1990. Neste grupo estão mais de 40 países em desenvolvimento, que comportam a maioria da população mundial. O Pnud ressalta, porém, que a taxa mundial de crescimento do IDH desacelerou em todos os grupos: muito elevados, elevados, médios e baixos.
Segundo o Pnud, 2,2 milhões de pessoas se encontram pobres ou quase pobres. Ao redor de 842 milhões de pessoas, ou 12% da população, passam fome crônica. E quase a metade dos trabalhadores do mundo, mais de 1,5 bilhão de pessoas têm empregos informais e precários. O relatório ressalta que os ganhos conseguidos, na área de saúde e nutrição, podem se reverter rapidamente por desastres naturais e recessões econômicas.