O Olhanense anunciou na noite desta quarta-feira a ida do médio Coelho para o futebol do Bahrein, notícia já avançada pelo nosso jornal. O jogador vai representar o Al Hala, penúltimo classificado da 1.ª Divisão daquele país, com apenas três pontos somados depois de cumpridas seis jornadas.
A SAD dos rubronegros vai receber uma compensação financeira, cujo montante não foi divulgado, e o jogador mostra-se entusiasmado com a mudança. “O mercado asiático é apetecível e não é fácil lá entrar, pelo que não poderia deixar passar esta oportunidade”, referiu Coelho, na hora da despedida.
Em mensagens colocadas na sua página no facebook e no site oficial do Olhanense Coelho agradece à administração da SAD “pela forma humana como sempre me tratou, sempre com uma palavra e uma porta aberta” e dirige-se também aos seus ex-colegas de equipa.
“Foi um privilégio para mim dividir o balneário com aqueles guerreiros. Eles merecem muito, desde o mais experiente ao mais jovem, todos os agradecimentos, palmas e prémios. Quando perdem sabem que no próximo vão estar mais próximos de ganhar e foi este o espírito que me deu tanto prazer! Que gosto me deu usar a braçadeira de capitão com estes homens comigo!”, assinalou Coelho, deixando ainda “um agradecimento a todos, desde a senhora da lavandaria, roupeiro, equipa técnica, administração e todos os que me ajudaram nesta passagem por Olhão.”
Na passagem por Olhão “encontrei uma cidade humilde, de hábitos tradicionais e com um clube como bandeira. Vi o símbolo do Olhanense nas portas e nos cafés, vi os mais velhos de camisola vestida! Senti que este clube não merece estar onde está, mas tambem acredito que vai chegar onde deve estar. Vi um clube ferido mas também um clube de futebol a sério, com uma sala de troféus que mete inveja e que se calhar muitos jovens de Olhão não conhecem.”
Coelho pede para que “todos lutem pelo clube, porque ele merece. E a ele depois de tão pouco tempo devo tanto”, assinalando o golo em Faro, que deu o triunfo diante do maior rival do Olhanense, como o seu melhor momento com a camisola rubronegra. “A sensação desse golo aos 89 minutos bastaria para dizer que tudo valeu a pena”, confessa.
O jogador deixa “um até já”, pois “desta cidade e deste clube só levo carinho, esperança e vontade de voltar.”
Autor: Armando Alves