Conselho do Golfo exige que Irã não interfira em assuntos internos

Manama, 25 dez (EFE).- Os membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) exigiram nesta terça-feira que o Irã cesse de forma imediata a intervenção em seus assuntos internos e decidiram formar um comando militar unificado perante os desafios de segurança.

Na 33ª Cúpula do Golfo, realizada em Manama, no Bahrein, os países que integram o grupo – Arábia Saudita, Catar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Omã e o próprio anfitrião – denunciaram que as políticas do Irã aumentam a tensão na região.

Por isso, o CCG pediu também a este país que resolva os conflitos de “forma pacífica e sem ameaças nem violência”, segundo o comunicado emitido no final da cúpula anual do organismo.

Os países do Golfo reiteraram sua rejeição à ocupação do Irã de três ilhas cuja soberania é reivindicada pelos Emirados Árabes Unidos e expressaram seu apoio a este último na disputa por estes territórios.

O Conselho Superior deste organismo insistiu, além disso, na necessidade de que o Irã coopere com a Agência Internacional da Energia Atômica e salientou que o programa nuclear iraniano representa “uma ameaça para a segurança e estabilidade” da região e do mundo.

Nesta cúpula anual, o CCG aprovou também a formação de um comando militar unificado, que coordenará e liderará as missões das forças terrestres, marítimas e aéreas dos seis países-membros.

Sobre o processo rumo a uma maior integração destes estados, tanto em nível de segurança como econômico, a nota afirmou que decidiram adotar a resolução de 20 de dezembro de 2011 de Riad neste sentido.

A citada resolução estipula que se avance “da etapa de cooperação à da unidade para que todos os países do CCG formem uma só entidade que consiga o bem-estar de seus cidadãos”.

A esse respeito, estudaram os passos para iniciar a formação de um mercado comum e trabalhar para eliminar os obstáculos das alfândegas.

Outros temas abordados durante esta reunião de dois dias foram as diferentes crises regionais, entre elas o conflito da Síria, a transição no Iêmen, e o processo de paz entre israelenses e palestinos.

O CCG assinalou que é preciso acelerar a transferência política do poder na Síria e instou a comunidade internacional a intervir para pôr fim a “massacres e violações”, ao mesmo tempo em que reiterou seu apoio à oposição síria.

Em relação ao processo de paz, o organismo apontou que este não será possível se Israel continuar com sua política de ocupação e de construção de novos assentamentos em território palestino.

A 33ª Cúpula do Golfo, que começou ontem no Palácio Sajir de Manama, contou com uma modesta participação, já que o único líder do CCG que participou pessoalmente foi o emir do Kuwait, Sabah al Ahmad al Jaber Al-Sabah, enquanto os outros países enviaram seus príncipes herdeiros. EFE

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