Mudanças, dúvidas, incertezas, surpresas. Esse é o clima da Fórmula 1 às vésperas dos treinos da F-1 no Bahrein. Das mudanças mais sentidas nesse início de temporada, uma ecoa mais forte. Ou seria mais baixo? A troca do motor V8 2.4 litros dos monopostos pelo Turbo V6 1.6. deu o que falar nesse início de testes, diminuindo a potência dos carros e transformando a dupla de maior sucesso dos últimos anos na Fórmula 1, na maior incerteza do ano.
Vettel e RBR deram apenas 21 voltas nos quatro dias de testes em Jerez (a Williams de Massa, por exemplo, deu 175 voltas). E essa, de fato, é a maior dúvida da temporada, qual será o desempenho dos motores Renault esse ano?
Maior incógnita do ano, Vettel luta para “domar” os motores Renault, utilizando pela primeira vez
os motores turbo 1.6(Foto: Jorge Guerrero/ AFP)
As três equipes que utilizam os motores da marca ficaram entre os quatro que menos andaram nos quatro dias de treino na Espanha (Caterham, Toro Rosso e RBR). Já os motores Mercedes, mostram que se adaptaram muito bem às novas regras da FIA, garantindo 8 posições no Top 10, tendo como intrusos os dois carros da Ferrari, com Raikkonen na quinta colocação geral e Alonso em sétimo.
– A Mercedes está em um nível muito bom, é a única equipe que conseguiu fazer simulação de corrida. A Red Bull não conseguiu andar direto. Isso mostra que eles têm problema para resolver e não é um problema fácil. Mostrou que eles têm problemas de motor – comentou Felipe Massa durante coletiva em São Paulo.
E, se os testes em Jerez derem o tom do que será a temporada, podemos esperar pontos altos para o Brasil. Felipe Massa encerrou os testes na segunda colocação geral, atrás apenas do novato Kevin Magnussen, da McLaren. E pudemos ver um Felipe Massa mais leve nas pistas, correndo de forma arrojada, como nos primeiros anos de Ferrari (e as temporadas anteriores ao acidente na Hungria). Em Bahrein, será a hora de Massa, quem sabe, consolidar-se de vez (novamente) no topo da categoria.
– A motivação é altíssima, estou em um momento diferente. Estou em uma equipe que me abraçou. Precisava mesmo desta mudança. Não só para o piloto, mas para equipe também. É importante mudar e estar em equipe que te queira muito, mas não porque você entrou levando dinheiro ou por outro motivo. Isso me dá prazer imenso e vontade de trabalhar – declarou o brasileiro que correrá sua 12ª temporada na F-1.
De um jeito ou de outro, amanhã, em Bahrein, teremos uma grande oportunidade para tentarmos revelar algumas dúvidas que ainda persistem nos corredores do pit-lane e, a menos de um mês da esperada abertura da temporada 2014 da Fórmula 1, podemos, pelos primeiros testes, aguardar uma categoria mais equilibrada e menos hegemônica e, ao que parece, as mudanças não acabarão por aqui.
Mudanças nos formatos de treinos, corridas, pontuação… E que seja bem-vinda a “nova” Fórmula 1.