As competições oficiais são um teste à capacidade desportiva de qualquer atleta, ainda mais se este tem apenas dez anos de idade. Alzain Tareq irá estar presente no Mundial de Natação de Kazan, na Rússia, e é, mais do que os grandes nomes, a principal atração nas vertentes de 50 metros mariposa e de estilo livre.
“Não tenho medo de nada”, afirma a jovem natural do Bahrein, acrescentando ainda: “Participei em muitos campeonatos, mas nunca num Mundial”.
O exemplo de Tareq mostra que a idade pode ter um significado muito menor do que aqueles que cada um atribuí, apresentando uma força de vontade própria de um adulto quando ainda tem idade para andar a divertir-se sem grandes responsabilidades.
O trabalho não é um problema para a jovem atleta que concilia a escola com duplas sessões de treinos durante cinco dias por semana e se torna agora na recordista mais jovem de sempre a participar numa prova do género.
“Sou a mais rápida da equipa do Bahrein”, atira, sem qualquer tipo de complexo, confirmando que “até ao momento não houve” problemas em estudar e treinar.
A situação tem gerado algumas críticas com alguns elementos da modalidade a exigirem uma idade mínima para a participação nestas provas organizadas pela Federação Internacional de Natação (FINA), segundo adianta o El Confidencial.
antigo nadador, Henning Lambertz, também se mostrou apreensivo com a participação de Tareq: “É necessário ver quanta liberdade e quanta pressão existe da parte dos seus pais e familiares. Acredito que uma menina de dez anos está melhor a divertir-se do que aqui, no Mundial”.