São Paulo – A Arábia Saudita ocupa o primeiro lugar entre os países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) no que diz respeito ao volume de ativos nas mãos de fundos soberanos, segundo reportagem publicada nesta terça-feira (13) no site do jornal Arab News, de Riad. Os dados constam de um relatório divulgado pela agência de classificação de riscos Moody’s. O GCC é formado por Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã.
Os ativos dos fundos soberanos sauditas acumulam US$ 641 bilhões. Em seguida aparecem as instituições dos Emirados, com US$ 397 bilhões, do Kuwait (US$ 395 bilhões), do Catar (US$ 175 bilhões), de Omã (US$ 14 bilhões) e do Bahrein (US$ 11 bilhões).
De acordo com o jornal, os ativos dos fundos soberanos do GCC somaram mais de US$ 1,6 trilhão no final de 2012, o que equivale a 107% do Produto Interno Bruto (PIB) agregado do bloco. Em 2007, os ativos estavam em US$ 1 trilhão, ou 105% do PIB regional. O Arab News informa, com base no levantamento da Moody’s, que o valor subiu a partir de 2009 acompanhando a recuperação dos preços do petróleo.
O relatório acrescenta, segundo o diário, que a alta cotação da commodity nos últimos dois anos levou a uma acumulação de riquezas sem precedentes nos países do bloco. Com isso, os governos da região a ampliaram os gastos com infraestrutura e com concessão de benefícios às populações locais. No período, o barril foi cotado a US$ 110 em média, o dobro da média observada de 2001 a 2010.
O acúmulo de reservas internacionais e os ativos nas mãos dos fundos soberanos podem aliviar um eventual choque econômico na região decorrente de uma súbita queda do preço do petróleo. O GCC responde por 24,3% da produção mundial da commodity e por 11% da oferta de gás, sendo que os fundos do bloco concentram 32,6% dos ativos deste tipo de instituição no mundo.