“A ação legal será tomada contra qualquer participante na manifestação planejada pelas associações políticas, por violar a lei”, assegurou o chefe de Segurança Pública do país árabe Tariq Hassan Al-Hassan, nesta quinta (12).
Hassan disse ainda que o Ministério do Interior bareinita proibiu o protesto nesta sexta, alegando que a manifestação não tem a ver com o exercício da liberdade de expressão, supostamente garantido pela lei.
O principal grupo de oposição da monarquia, Al-Wefaq, criticou a decisão do Ministério, e pediu aos cidadãos uma participação massiva nos protestos.
As marchas contras o regime do rei Hamad bin Isa al-Khalifa continuam em todo o país árabe, apesar das duras medidas repressivas que as forças de segurança, amparadas pelas leis de opressão do governo contra os manifestantes.
Desde 14 de fevereiro de 2011, o Bahrein vive protestos populares praticamente diários, nos quais dezenas de pessoas morreram, centenas foram detidas e outras tantas foram privadas dos seus postos de trabalho, tamanha a repressão. Mesmo assim, há poucas informações sobre o assunto e a mídia internacional tem dado pouca atenção.
A resposta da polícia aos protestos, desde então, foi descrita como “brutal”, devido às denúncias sobre torturas e execuções.
A Comissão Independente de Investigação do Bahrein, instituída pelo rei e formada por especialistas internacionais, confirmou as denúncias de tortura e outras violações de direitos humanos, em um relatório publicado em novembro de 2011. Entre as confirmações estão 46 mortes, 559 acusações de tortura, e mais de 4.000 casos de funcionários demitidos por participarem nos protestos.
Embora alguns analistas liguem as revoltas no Bahrein à série de protestos que ficou conhecida, de forma simplista, como “Primavera Árabe”, outros estudiosos contextualizam o levante bareinita ainda no começo do século 20, com protestos esporádicos, durante décadas, por melhores condições sociais e econômicas e por direitos políticos.
Com HispanTV,
Da redação do Vermelho