Da Redação
O governo de Bahrein anunciou nesta terça-feira (30) o banimento de todas as manifestações contrárias ao regime e ameaçou tomar medidas legais contra grupos de oposição que organizam as demonstrações. A medida é uma última tentativa de pôr fim ao caos estabelecido no reino desde que a lei marcial foi imposta na ilha, no ano passado.
A Primavera Árabe no Bahrein terminou em março deste ano, quando a Arábia Saudita e outros estados membros do Conselho de Cooperação do Golfo interviram nos protestos e restauraram a ordem. Manifestações esporádicas, porém, ainda ocorrem na ilha.
O ministro Sheik Rashid al-Khalifa afirmou que o contínuo abuso do direito à liberdade de expressão não poderia mais ser tolerado. De acordo com ele, futuros protestos no país só serão permitidos uma vez que a segurança de a estabilidade do reino sejam suficientes para manter a unidade nacional.
O Bahrein é uma país de maioria xiita governando por uma minoria sunita. Por isso, o maior alvo da proibição parece ser o grupo político xiita al-Wefaq, que organiza diversas manifestações. Os cidadãos xiitas são 70% dos 525.000 habitantes do reino e afirmam que sofrem grande discriminação pro parte dos governantes.
A monarquia já vez concessões devido aos protestos, tendo cedido mais poder aos membros eleitos do parlamento. Grupos oposicionistas, no entanto, afirmam que as reformas fazem pouco para tirar o poder da mão da família real.
Desde fevereiro de 2011, mais de 50 pessoas forma mortas em protestos no reino.
Com informações do Guardian