Grandes manifestações em Bahrein para pedir reformas políticas

Manama, 15 fev (EFE).- Dezenas de milhares de cidadãos de Bahrein responderam à convocação de protestos da oposição, com uma grande manifestação nos arredores de Manama, um dia depois do terceiro aniversário do início da revolta no país.

A principal aconteceu na rodovia Budaiya no norte de Manama, a poucos quilômetros da praça Lulu, que foi o epicentro da revolta de 2011.

Bahrein é um pequeno reino do Golfo Pérsico, cenário desde fevereiro de 2011 de manifestações que exigem reformas políticas, lideradas pela maioria xiita contra a minoria sunita governante.

Mais de cem pessoas morreram nestes protestos e milhares foram detidas, segundo os dados da oposição.

Em Budaiya não foram registrados confrontos entre manifestantes e policiais, mas houve choques esporádicos em outras zonas, onde se incendiaram pneus, constatou a Agência Efe.

Os organizadores da manifestação, entre eles o principal partido da oposição, o xiita Al Wefaq, chamaram em comunicado conjunto para que as autoridades bareiníes adotem reformas democráticas.

Entre essas medidas, pediram que o parlamento saia completamente eleito das urnas, já que agora a câmara alta é escolhida pelo rei, e que as instituições judiciais sejam independentes.

Também pediram à comunidade internacional que pressione as autoridades bareiníes para garantir o cumprimento das aspirações democráticas do povo.

A expectativa é que as manifestações de hoje fossem grandes porque o aiatolá Issa Qasim, a maior figura xiita de Bahrein, chamou seus seguidores a participar dos protestos.

As forças de segurança voltaram a se desdobrar em todo o país e bloquearam algumas das avenidas que conduzem aos pontos de protestos.

O Ministério do Interior afirmou que suas forças dispersaram alguns protestos, mas que o fizeram na legalidade, depois de acusar os manifestantes de “vândalos”, de atacarem à polícia e os relacionou com duas explosões “terroristas”.

Em uma dessas explosões, registrada na cidade de Dair dois policiais ficaram feridos, e um deles morreu hoje.

Um grupo desconhecido chamado “Ashtar” reivindicou esse ataque, mas não está vinculado com a Coalizão 14 de Fevereiro, que convocou os protestos deste fim de semana e uma greve geral para exigir a mudança de regime.

Explosões semelhantes registradas anteriormente foram questionadas pelos ativistas bareiníes, que denunciam uma propaganda midiática do governo para desprestigiar a oposição.

Entre quinta e sexta-feira 55 pessoas foram detidas, quando explodiram os distúrbios nos protestos pelo terceiro aniversário da revolta de Bahrein. EFE

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