A eterna briga pelo controle de custos levou a F1 a realizar todos os testes da pré-temporada 2015 na Espanha. O circuito de Jerez de la Frontera vai receber as equipes em uma oportunidade, com Barcelona sediando os dois últimos exercícios antes do Mundial.
Embora a opção tenha sido a mais econômica, do ponto de vista técnico não foi a escolha mais inteligente, já que as temperaturas na Espanha permanecem bastante baixas.
Em São Paulo para acompanhar atividades locais da Pirelli, Paul Hembery, diretor-esportivo da fábrica italiana, conversou com a imprensa nesta terça-feira (3) e afirmou que, do ponto de vista dos pneus, o teste na pista andaluz é inútil.
“Jerez é completamente inútil para nós. Do ponto de vista do pneu, tem interesse zero para nós”, explicou. “Barcelona, obviamente, é uma pista interessante, mas só quando você tem 25°C”, observou.
“Eles sabem que nós, particularmente, não gostamos disso. É desapontador”, ressaltou.
De acordo com o dirigente, os testes do ano passado no Bahrein foram muito mais significativos, já que a temperatura na pista de Sakhir passa dos 40°C.
“Os muito importantes benefícios positivos de rodar no Bahrein no ano passado foram perdidos por razões de custos”, comentou. “Eu tenho um ponto de vista diferente”, seguiu.
“Eles costumavam rodar na África do Sul por dois meses na pré-temporada ou aqui no Brasil depois da temporada, e eles não tinham um problema de custos naquela época, quando o orçamento era um décimo do que é agora, então alguma coisa mudou”, ponderou. “Eles não querem gastar dinheiro em rodar na pista. Esse é o ponto”, avaliou.
Por fim, Hembery citou a Honda como exemplo e destacou que a montadora, que está voltando à F1 como fornecedora de motores da McLaren, se beneficiaria muito mais de um teste no calor barenita.
“Eu sei que nós ganhamos muito mais rodando no Bahrein no ano passado”, frisou. “Tenho certeza de que alguém como a Honda se beneficiaria muito mais estando em um lugar como o Bahrein, porque se eles vão ter desafios, será onde está o calor e a temperatura”, observou.
“Acho que vai ser difícil para eles chegarem ao Bahrein, ainda no início da temporada, com temperatura ambiente de 45°C. É um desafio”, falou Paul. “Essas unidades de potência são bem complexas e tenho certeza que isso não é o ideal do ponto de vista deles”, concluiu.
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