O Irã rejeitou nesta quarta-feira as acusações formuladas na véspera pelos dirigentes do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), que convocaram o país a deter imediatamente as ingerências em seus assuntos internos.
“Ao fazer a responsabilidade de seus problemas internos recair em outros Estados da região, esquecem a realidade em terra”, comentou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, citado pela agência Irna.
“Atribuir estes problemas ao exterior ou utilizar métodos opressivos não são uma boa maneira de responder às demandas do povo”, acrescentou.
Ao fim de sua cúpula anual em Manama, as monarquias do CCG (Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Qatar) convocaram o Irã a “deter imediatamente e definitivamente” as ingerências em seus assuntos internos.
Na nota, exigem que Teerã renuncie a “todas as medidas que aticem as tensões e ameacem a segurança e a estabilidade da região”.
As monarquias do CCG forneceram seu apoio ao regime sunita do Bahrein, que enfrenta uma contestação de xiitas, majoritários no país. O Irã é suspeito de favorecer esta revolta, e também a de minoria xiita no leste da Arábia Saudita. Teerã desmente as acusações.
O CCG denunciou o prosseguimento da “ocupação iraniana de três ilhas dos Emirados Árabes Unidos no Golfo” e lamentou a negativa do Irã de negociar ou aceitar uma arbitragem internacional sobre este contencioso.
O Irã considera que a ilha de Abu Musa e as de Tomb Maior e Tomb Menor pertencem ao seu território, mas os Emirados Árabes Unidos também reivindicam sua soberania.
Mehmanparast reiterou nesta quarta-feira a soberania de Teerã sobre estas três ilhas, que são “parte inseparável do território iraniano”.
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