Os dez tripulantes que passaram a noite detidos também foram libertados depois de Teerão ter aceitado a justificação norte-americana para o incidente: uma das embarcações terá sido afetada por problemas mecânicos durante uma viagem de rotina entre o Kuwait e o Bahrein.
“Depois de ter sido percebido que entraram em águas iranianas sem intenção, os marinheiros dos EUA detidos foram libertados em águas internacionais do Golfo Pérsico”, anunciou a agência de notícias estatal citando os Guardas Revolucionários da Revolução Islâmica. O porta-voz desta força militar acrescentou que soldados norte-americanos foram libertados em perfeitas condições de saúde, pois foram tratados com “compaixão islâmica”.
As duas embarcações foram arrestadas ontem perto da ilha Farsi e as forças iranianas apreenderam os sistemas GPS para provar a violação do seu território. Temeu-se que o episódio pudesse aumentar a tensão entre as duas potências, poucos dias antes do início formal do histórico acordo nuclear do Irão assinado em 2015.
Nas próximas semanas, Teerão poderá ver libertados mais de 100 mil milhões de dólares a que não tinha acesso devido às sanções económicas impostas devido ao seu programa nuclear. Uma medida que está dependente do sucesso da missão de observadores internacionais às instalações do país – a República Islâmica comprometeu-se a tirar do país 98% do seu combustível nuclear, assim como desativar e remover algumas das centrifugadoras do país.