O piloto reserva da Lotus, Jolyon Palmer, minimizou a preocupação do piloto titular da escuderia, Romain Grosjean, em relação à sua ausência em alguns treinos livres. O francês disse na semana passada que perderá a primeira das três sessões de treinos livres em fins de semana de corrida por aproximadamente 10 vezes em 2015, sendo substituído por Palmer em todas elas, o que poderia causar um impacto considerável em sua preparação e desempenho. Porém, o inglês, campeão da GP2 (principal categoria de acesso à Fórmula 1) em 2014, disse nesta quinta-feira (15) que o trabalho de Grosjean vem sendo bom na temporada atual, e que essas ausências nas primeiras sessões das sextas (até agora foram em três GP’s, na China, no Bahrein e na Espanha) não causam um grande efeito para Romain.
“Eu não sei qual o efeito disso, porque não sei mais o que ele poderia ter feito. Na última corrida (GP da Espanha) ele teve um toque com Pastor (Maldonado, o outro piloto da Lotus) que o fez ir para o fundo do grid, mas ele fez um bom trabalho”, disse Palmer. “Quando eu participei de sessões na sexta-feira esse ano, ele não pôde fazer mais do que fez nas corridas, chegando em 7º na China e no Bahrein e 8º na Espanha. Talvez um sétimo lugar fosse possível na Espanha, mas só até aí. Obviamente ele não está feliz, porque não é bom ficar sem pilotar. Sei disso porque não piloto sempre. Mas acho que ele entende, e que isso não causa nenhum efeito no momento“, acrescentou.
Além dessas participações em treinos livres, Palmer correu pela Lotus no começo desta semana, nos testes coletivos da F1 em Barcelona, na Espanha, e liderou a sessão da quarta-feira (14). Ele ressaltou a importância de andar bastante na função de terceiro piloto, e que isso pode abrir portas para ele no futuro.
“Era importante para mim poder pilotar o máximo possível nessa posição, já que Davide Valsecchi e até mesmo Charles Pic (ex-pilotos reservas da Lotus) não fizeram muito. Você não pode continuar a sua carreira se não está pilotando. Você pode ser bom como quiser falando com os engenheiros, mas se não é capaz de mostrar o que pode fazer na pista, não é bom. Então isso foi muito importante para mim. Até agora vai tudo muito bem, cada vez que eu estou no carro, os engenheiros estão muito felizes, a equipe está feliz, e é bom para mim que eles estejam felizes em me colocar para pilotar ainda mais“, disse o piloto inglês.
“Também é importante pelo fato de meu principal objetivo é estar aqui no próximo ano, e eles podem ver exatamente o que estou fazendo. Outros times ainda não sabem o que irão fazer em termos de planos. A Lotus é uma situação melhor, mas mesmo assim, outros podem vez o trabalho que estou fazendo e você nunca sabe o que pode acontecer no mercado de pilotos. Obviamente, se eu não estiver pilotando pela Lotus, tentarei um emprego em outro lugar“, complementou.
Palmer ainda não sabe se pilotará no primeiro treino livre do Grande Prêmio de Mônaco, próxima corrida da temporada, daqui a duas semanas, no dia 24 de abril, nas ruas de Monte Carlo.