Último
piloto a conquistar um título pela Ferrari, Kimi Raikkonen reconhece que a
equipe italiana passa por um momento complicado. Mas, apesar do desempenho pouco
expressivo das três primeiras corridas do ano, o “Homem de Gelo” está confiante
em uma reviravolta no time de Maranello. O finlandês garante que a escuderia
tem as armas necessárias para conseguir aumentar sua competitividade na pista.
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O Bahrein era a pista mais difícil para nós, mas temos algumas peças novas a caminho
e acredito que poderemos melhorar. Nós sabemos o que precisamos fazer. As
pessoas estão se dedicando 100%, mas isso leva tempo. A Ferrari não é estúpida.
Estamos preparando boas coisas para as próximas corridas. Tenho certeza de que
poderemos encontrar o melhor caminho – afirmou o campeão mundial de 2007.
Kimi Raikkonen acredita em reviravolta: ‘A Ferrari não é estúpida’ (Foto: Getty Images)
Chassi quebrado
O desempenho discreto de Kimi no Bahrein (10º lugar) pode ter uma
explicação. A Ferrari percebeu que o chassi usado pelo finlandês no último GP
estava quebrado. A descoberta foi feita durante os testes que a F-1 realizou nesta
semana no mesmo circuito. Na atividade, a F14T estava sendo guiada pelo
espanhol Fernando Alonso, que deu somente 12 voltas até o time descobrir a
falha.
O
discurso de Kimi está afinado com o do companheiro de equipe. Fernando Alonso
também apontou uma desvantagem da Ferrari na pista do Bahrein, palco da corrida
disputada no último domingo, e disse que todos os integrantes do time estão dispostos
a trabalhar dia e noite para aumentar a competitividade do carro. Por enquanto,
o melhor resultado do ano é o quarto lugar de Alonso nos GPs da Austrália e da
Malásia. A escuderia italiana é a quinta colocada do Mundial de Construtores,
atrás de Mercedes, Force India, McLaren e RBR.
Briatore
joga lenha na fogueira
O ex-dirigente Flavio Briatore detonou a ‘nova’ F-1: ‘Espetáculo deprimente’ (Foto: Getty Images)
Enquanto
Alonso e Raikkonen tentam demonstrar confiança na Ferrari, a falta de
resultados expressivos motiva uma nova onda de especulações sobre o futuro da escuderia
italiana. Afastado da Fórmula 1 desde o “Cingapuragate”, o ex-dirigente Flavio
Briatore tratou de polemizar e disse que o time que
dominou a categoria no início dos anos 2000, quando conquistou cinco títulos consecutivos com o alemão Michael Schumacher, perdeu o status de “equipe de
excelência” na principal categoria dos esportes a motor.
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A marca Ferrari é de excelência, mas a realidade é diferente na Fórmula 1. A
escuderia passa por um momento muito difícil. A Ferrari é uma marca muito forte
em todo o mundo, mas já não é uma referência em competitividade no
automobilismo – declarou o empresário italiano de 63 anos, em entrevista à Rádio 105 de Milão.
O
longo jejum de títulos e o desempenho apático no início desta temporada também podem colocar o cargo de Stefano Domenicali, chefe da equipe desde 2008, em risco. Um
boato que ganhou força na internet nos últimos dias aponta que o próprio Briatore
estaria sendo considerado pelo presidente Luca di Montezemolo como possível opção para assumir o comando da escuderia. Outro rumor afirma que a McLaren
estaria de olho no retorno de Alonso para 2015.
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