17/11/2014 às 13h31
Cairo, 17 nov (EFE). – A Liga Árabe expressou satisfação nesta segunda-feira por Catar e Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU) e Bahrein decidirem ontem à noite deixar para trás suas diferenças.
Em comunicado, o secretário-geral da organização, Nabil Elaraby, destacou os resultados da reunião na qual os chefes de Estado desses países do Golfo Pérsico e Kuwait acertaram a volta dos embaixadores dessas nações à capital catariana.
“Isso contribuirá muito para purificar a atmosfera e impulsionar o trabalho comum árabe em meio às críticas circunstâncias e graves desafios que o mundo árabe enfrenta”, ressaltou Elaraby.
A decisão foi tomada em reunião realizada ontem à noite em Riad com participação do rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz; o emir do Kuwait, Sabah al Ahmed Al-Sabah; o rei do Bahrein, Hamad bin Isa al- Khalifa; o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al-Thani, e o vice-presidente dos Emirados Árabes, Mohammed bin Rashid al Maktoum.
Elaraby agradeceu ao emir do Kuwait e atual presidente da Cúpula Árabe os esforços para a conquista do acordo que “fecha a brecha e o capítulo das diferenças, e que terá um efeito positivo no reforço do processo de parceria do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG)”. O CCG é composto por Arábia Saudita, EAU, Bahrein, Catar, Kuwait e Omã.
Ontem à noite, Arábia Saudita, EAU e Bahrein decidiram em Riad o retorno de seus respectivos embaixadores ao Catar, para “abrir uma nova fase” de cooperação e esquecer diferenças, informou a agência oficial de notícias saudita “SPA”. O retorno dos embaixadores “representa a abertura de um novo capítulo para impulsionar o trabalho comum e o início de uma organização forte e coesa”, apontaram os participantes do encontro, conforme o comunicado divulgado na “SPA”.
Em abril, Arábia Saudita, EAU, Bahrein e Catar alcançaram um acordo para pôr fim as suas diferenças. A crise explodiu em 5 de março, quando os três primeiros países retiraram seus embaixadores de Doha em protesto pelo suposto descumprimento do Catar de um mecanismo de segurança e sua suposta ingerência nos assuntos internos desses estados.
No fundo dessa crise está a distinta relação com a Irmandade Muçulmana egípcia. Enquanto Doha apoiou o presidente deposto egípcio Mohammed Mursi, Riad e Abu Dhabi respaldam as autoridades surgidas após o golpe militar que o derrubou em 3 de julho de 2013. EFE
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