Nos Mundiais de natação de Kazan (Rússia), todos os dias têm caído recordes mundiais. Ontem, isso só aconteceu na última final da jornada – a estafeta mista da Grã-Bretanha estabeleceu um novo máximo de 4×100 m estilos – mas amanhã não será preciso esperar tanto: logo pelas 09:54 locais (07:54 em Portugal continental) bate-se um recorde de precocidade: Alzain Tareq, menina de 10 anos, vai tornar-se a mais jovem de sempre a alinhar em Campeonatos do Mundo. “Quero ganhar experiência e aproveitar para aprender com os melhores. Não tenho medo de nada nem ninguém”, afirma, sem rodeios, a nadadora.
As eliminatórias de 50 metros mariposa (amanhã) e de 50 metros livres (sábado) serão os palcos da exibição de Alzain Tarek. Isso é algo que, por esta altura, muita gente já sabe em Kazan. “Todos lhe perguntam o que vai nadar e que idade tem. Tenho a certeza de que está a ser uma experiência inesquecível para ela”, diz o pai, Juma Salem, citado pelo site Sport 360.
Ora, essa experiência foi propiciada pela Federação Internacional de Natação (FINA) – que, ao contrário das de outros desportos, não estabelece idades mínimas de participação. E por aquilo que Alzain chama “uma dinastia ou tradição familiar” de dedicação à modalidade: o pai, ex-nadador profissional, ensinou-a nadar aos 4 anos, levou-a às primeiras competições com 5, e inscreveu-a nas primeiras provas oficiais aos 7 (a irmã mais nova já vai pelo mesmo caminho). Passo a passo, a menina do Bahrein chegou aos Campeonatos do Mundo por mérito próprio (num país com pouca tradição desportiva nas piscinas).
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