Numa altura em que a UEFA se mobiliza para apoiar o seu presidente, Michel Platini, numa candidatura à presidência da FIFA – depois de este ter sido suspenso pela comissão de ética do organismo que tutela o futebol mundial -, um novo candidato surge no horizonte. O possível-mas-não-confirmado rival de Platini é o xeque Salman Bin Ibrahim Al-Khalifa, natural do Bahrein e presidente da Confederação Asiática de Futebol.
De acordo com fonte próxima de Salman citada pelo “El País”, o aspirante a presidente da FIFA ainda não decidiu se vai formalizar a candidatura, uma vez que tudo depende do apoio que conseguir reunir junto do organismo. A mesma fonte revelou esta sexta-feira, em declarações à agência AP, que Salman vai viajar para Zurique na próxima semana com o objetivo de avaliar as suas hipóteses de ser apoiado pelos restantes membros do Comité Executivo da FIFA.
A notícia chega depois de nesta quinta-feira todas as federações de futebol europeias terem decidido apoiar Platini e tentar anular a suspensão daquele que continua a ser o presidente da UEFA – embora quem esteja a exercer o cargo de forma interina seja Issa Hayatou. O apoio foi anunciado em comunicado oficial do organismo que tutela o futebol europeu e está a ser avaliado como um desafio à autoridade da FIFA. Também a Federação Portuguesa de Futebol subscreveu a posição comum, esclarecendo em comunicado que “agirá preferencialmente no contexto de consensos supranacionais”.
A UEFA esclareceu pela voz do seu secretário-geral, Gianni Infantino, que Platini “continua a receber o seu salário e a ser oficialmente presidente da UEFA”, uma vez que “só foi suspenso pela FIFA”.
As eleições para a presidência do organismo mundial vão acontecer a 26 de fevereiro do próximo ano. No entanto, a comissão de ética da FIFA já veio contrariar as expectativas de Platini: o órgão considera que uma nova candidatura do atual presidente seria “muito complicada”, “tendo em conta que não pode exercer qualquer atividade relacionada com o futebol”.
Michel Platini e Joseph Blatter, o suíço que preside atualmente à FIFA, foram suspensos pela comissão da ética do organismo que gere o futebol mundial durante 90 dias. A decisão, tomada na semana passada, foi baseada numa investigação que implica ambos num escândalo de corrupção de grande escala.