Um estudo feito ano passado e publicado nesta segunda-feira (27) faz trágicas previsões para alguns países do sul da Ásia. Ondas de calor vão chegar a temperaturas que colocarão em risco a sobrevivência humana.
Segundo o jornal The Independent, no final deste século, algumas zonas do Golfo Pérsico vão ser atingidas por ondas de calor tão quentes que poderão matar os seres humanos.
De acordo com as estimativas dos cientistas, em 2100, algumas partes do Qatar, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita ou Bahrein vão viver uma combinação de temperatura e humidade de tal ordem, que as atuais ondas de calor mais perigosas – que resultam em muitas mortes – “vão parecer um dia refrescante”.
Estas conclusões, publicadas pela Nature Climate Change, e interpretadas pelo Independent, foram tiradas ao fazer simulações em computador. O estudo simulou ao que acontecerá às temperaturas globais se as emissões de dióxido de carbono continuarem ao ritmo atual.
O estudo avalia o ‘heat index’, uma medida à percepção de temperatura no exterior, que mede o impacto tanto da temperatura como da humidade no corpo humano.
Nos países do Golfo Pérsico, de acordo com o estudo, o ‘heat index’ pode chegar aos 74 a 77 graus centígrados durante, pelo menos, as seis horas em que o sol estiver mais elevado.
Estas temperaturas não serão registradas todos os dias, mas as simulações dizem que este tipo de onda de calor irá surgir, por volta de 2100, pelo menos uma vez por década, causando mortes em massa, principalmente nas zonas menos desenvolvidas e com menos acesso a tecnologias que contornem o problema, como, por exemplo, o ar condicionado.