A Anistia Internacional (AI) acusou, ontem, autoridades do Bahrein de torturar crianças detidas durante manifestações que agitam o pequeno país do Golfo.
Em comunicado, a organização de defesa dos Direitos Humanos afirma que “dezenas de crianças (…) foram espancadas e torturadas enquanto estiveram detidas nos últimos dois anos”, e que, em alguns casos, foram “ameaçadas de estupro para extrair um confissão”.
“Para deter e prender suspeitos menores de idade, as autoridades do Bahrein demonstram um flagrante desrespeito pelas suas obrigações internacionais de Direitos Humanos”, escreveu Said Boumedouha, vice-diretor da Anistia para o Oriente Médio e África do Norte.
“Todas as pessoas, com menos de 18 anos, que não cometeram infração comprovada devem ser libertadas imediatamente”, acrescenta, convidando as autoridades de Manama a investigar “as alegações de tortura e maus-tratos”.
De acordo com a AI, ao menos 110 jovens, entre 16 e 18 anos, presos em Dry Dock, prisão de adultos, durante interrogatórios ou processos por participarem em manifestações. As crianças menores condenadas e detidas em instituição para menores, foram vítimas de abusos sexuais durante entregues à polícia, disse a ONG.
O Bahrein é signatário da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, a organização também lembra que esta convenção proíbe a tortura ou tratamento desumano ou degradante cruel.