Manama – O Bahrein ordenou no domingo penas mais duras para o que chamou de “actos terroristas” antes dos protestos
anti-governamentais planeados para acontecer no próximo mês.
Legisladores do país concordaram em sessão extraordinária no domingo com as propostas, incluindo apreender aqueles que cometem ou aclamam por “crimes de terrorismo”, prevenindo a ocorrência de qualquer acto na capital Manama, segundo a agência estatal de notícias BNA.
O rei Hamad ordenou às autoridades que coloquem as recomendações em prática o mais breve possível “através dos canais constitucionais e legais disponíveis”.
Aliado dos EUA, o Bahrein foi abalado por protestos em 2011, organizados por muçulmanos xiitas do país que pedem mais liberdades no reino governado pela minoria sunita da família al-Khalifa. O governo, apoiado pela Arábia Saudita, rapidamente conseguiu cessar os protestos, mas ainda há conflitos quase diários entre as forças de segurança e manifestantes.
Os confrontos se intensificaram nas últimas semanas, culminando com ataques à casa de um deputado do Bahrein e em uma mesquita perto de onde muitos membros da família real vivem.
Inspirado pelo “Tamarrod” (Rebel!) – os protestos no Egipto que levaram ao afastamento do presidente islamista Mohamed Mursi mais cedo este mês – um protesto contra o governo está a ser organizado para o dia 14 de agosto no país.
As recomendações anunciadas no domingo preveem um “endurecimento das penas de todos os crimes violentos e terroristas em todas as suas formas” em geral, mas sem detalhes.
Os legisladores também propuseram dar às forças de segurança a autoridade para “proteger as pessoas contra actos de terrorismo”, e disse que os grupos políticos que “incitarem e apoiarem os actos de violência e terrorismo” devem enfrentar medidas legais não especificadas.