Países do Golfo Árabe vão agir contra Hezbollah

As monarquias do Golfo Árabe planejam tomar medidas contra os interesses do grupo xiita libanês Hezbollah em represália à intervenção armada no conflito sírio. “Os países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) tomarão medidas contra os interesses do Hezbollah”, declarou ontem o secretário-geral do grupo, Abdellatif Zayani, ao final de uma reunião ministerial na cidade de Jidá, Oeste da Arábia Saudita. No entanto, Zayani não deu maiores detalhes sobre a natureza das medidas ou sobre os interesses do Hezbollah nas ricas monarquias petrolíferas do Golfo. Ghanem al-Bouainain, ministro das Relações Exteriores do Bahrein, país que preside o CCG, chamou o Hezbollah de grupo terrorista.

“É uma organização terrorista (…) para os países do CCG, mas colocar o Hezbollah na lista de grupos terroristas do CCG é uma questão técnica e jurídica que deve ser feita com cautela”, disse al-Bouainain. O CCG reúne Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Catar. No início da reunião, Al-Bouainain pediu uma “ação comum” das monarquias do CCG “a fim de colocar um termo às agressões contra o povo sírio”, em referência ao Irã e ao Hezbollah, principais aliados do regime do presidente Bashar al-Assad, que “intervêm na crise síria fornecendo armas”.

Os países do Golfo estigmatizaram “a flagrante influência do Hezbollah na Síria” e pediram “a neutralidade do Líbano no conflito sírio”. As monarquias do Golfo reafirmaram o apoio à coalizão de oposição síria. O Hezbollah enviou centenas de homens armados à Síria para ajudar o Exército do regime de Assad na cidade de Quseir, palco de violentos combates há duas semanas. Enquanto isso, esforços diplomáticos se multiplicam para tentar colocar um fim ao conflito, que já deixou mais de 94 mil mortos desde 2011.

Ontem, um atentado com carro-bomba deixou pelo menos nove policiais mortos em Damasco, capital da Síria, num momento em que se multiplicam os apelos internacionais para a retirada de civis e dos feridos de Quseir. No sábado, o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu que o governo sírio promovesse a remoção de cerca de 1,5 mil pessoas feridas que precisam de atendimento médico. O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem, conversou por telefone com Ki-moon, e disse a ele que as equipes da Cruz Vermelha só terão acesso aos civis de Quseir após o fim das operações militares.

RELATÓRIO Enquanto isso, a guerra prossegue sem trégua. A comissão de investigação formada pela ONU e presidida pelo brasileiro Paulo Pinheiro deverá apresentar amanhã relatório que já se anuncia como aterrador. A juíza suíça Carla del Ponte, integrante dessa comissão, criada em 2011, mencionou crimes “de uma crueldade incrível”. “Nunca havia visto algo assim, nem mesmo na Bósnia”, disse Carla, que adiantou que o relatório denunciará os crimes cometidos pelos dois lados. Para Pinheiro, os rebeldes que acreditam na democracia e que são partidários de um Estado laico agora são minoria.

O documento será divulgado antes de uma reunião em Genebra entre ONU, Rússia e Estados Unidos para preparar uma conferência de paz. O governo sírio já deu sua aprovação para participar da conferência, mas a oposição, para estar presente, exige a saída do presidente Bashar al-Assad, o fim imediato dos combates e, em especial, a saída das tropas do grupo libanês Hezbollah do território. O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse ontem que a conferência poderia ser adiada. “Na minha opinião, Genebra 2 será a conferência da última oportunidade. Espero que seja realizada, penso que poderia ocorrer em julho.”

Em Quseir, depois de receberem reforços, as tropas regulares apoiadas por combatentes do Hezbollah ampliaram o cerco aos rebeldes, que agora estão limitados ao Norte da cidade, que fica próxima à fronteira com o Líbano. Em Homs, ao menos 28 rebeldes morreram em combates com as forças do governo.

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