O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) advertiu nesta terça-feira (10) que a proposta russa de colocar as armas químicas do regime sírio sob controle internacional não cessará “o derramamento de sangue” no país.

Em uma reunião na cidade saudita de Jidá, os ministros das Relações Exteriores do CCG – integrado pela Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Catar, Bahrein e Omã – exigiram “medidas dissuasórias” contra o regime sírio à comunidade internacional.No início do encontro, o presidente rotativo do organismo, o chefe da diplomacia bareinita, Khaled bin Ahmed al Khalifa, fez questão de responsabilizar o regime sírio de Bashar al Assad “por crimes brutais”.

Em relação ao plano russo, Khalifa ressaltou que “só há referência a um assunto, o das armas químicas, o que não cessará o derramamento de sangue do povo sírio”.

O CCG assegurou, além disso, que seus países estão dispostos a enfrentar qualquer risco que possa surgir após um eventual ataque militar à Síria, supostamente liderado pelos Estados Unidos.

Os ministros das Relações Exteriores dos países do Golfo também ressaltaram que mantêm uma postura “fixa e unida” em relação à Síria, que é a de apoiar a oposição.

Entre os integrantes do CCG, Arábia Saudita e Catar destacaram a resistência dos opositores do regime de Assad, que, por sua vez, acusa os países citados de financiar e armar os rebeldes.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, deu hoje seu apoio à iniciativa russa e insistiu na necessidade de buscar uma solução política ao conflito.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, revelou hoje que a Rússia e a Síria já trabalham em um “plano concreto, claro e eficaz” para pôr as armas químicas do regime de Assad sob controle internacional.

Por sua parte, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou ontem que sopesaria “absolutamente” suspender um possível ataque militar caso o regime sírio aceitasse a proposta russa.

Com Agência EFE