Países do Golfo pedem mais ação para acabar com conflitos na Síria

Ao encerrarem nesta terça-feira (25/12) um encontro de dois dias, os seis países que formam o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) – Omã, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Qatar, Bahrein e Kuwait – emitiram uma declaração com um apelo à comunidade internacional para acabar com os confrontos sangrentos na Síria. Eles também pediram ao Irã que pare com o que eles consideram ser uma interferência na região.

No comunicado, lido pelo secretário-geral do CCG, Abdulatif al-Zayani, os países do Golfo reafirmam a necessidade de uma ação urgente na Síria. “Pedimos à comunidade internacional por movimentos sérios e rápidos a fim de parar esses massacres e os severos ataques que contrariam todas as religiões, leis internacionais e princípios humanitários.”

A mensagem também destaca o apoio do conselho aos esforços do enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi, no intuito de levar a paz ao país, e afirma que o CCG espera que a atuação de Brahimi “ajude na busca de um acordo dentro do Conselho de Segurança (da ONU).”

Nesta segunda-feira (24/12), Brahimi encontrou-se pela terceira vez em quatro meses com o presidente sírio, Bashar al-Assad, em Damasco – e, mais uma vez, sem sucesso nas negociações de paz. Nesta terça-feira, o mediador argelino conversou com representantes da oposição ao governo sírio.

O CCG defende a saída de Assad do poder. No mês passado, os países do Golfo reconheceram a recém-formada coalizão de oposição ao governo em Damasco como legítima representante do povo sírio.

Críticas ao Irã

O comunicado também critica o Irã por tentar intervir em questões domésticas envolvendo a soberania dos Estados da região. “O conselho expressa sua rejeição e condenação à contínua interferência do Irã nas relações entre os países do Conselho de Cooperação do Golfo e pede ao Irã que pare com essas políticas”, traz a declaração, sem especificar, porém, de que interferência os países do Golfo acusam o governo de Mahmoud Ahmadinejad.

Boa parte do descontentamento expresso por meio da declaração conjunta, no entanto, refere-se a uma posição do Bahrein. Mais cedo, o ministro do Exterior do Bahrein havia declarado que o Irã era uma “ameaça muito séria”, ressaltando o programa nuclear de Teerã.

O governo em Manama já acusou o Irã de ter provocado agitações que levaram a protestos pró-democracia no ano passado no Bahrein, liderados principalmente pela maioria islâmica xiita. As autoridades sunitas do país tiveram trabalho para conter os protestos, e chegou a pedir ajuda a forças de segurança da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes.

O CCG foi estabelecido em 1981 com o objetivo de melhorar a cooperação entre seus Estados-membros. Seus integrantes ostentam uma influência maior do que do que a proporção de sua escassa população devido à produção de petróleo, às generosas ajudas internacionais e ao fato de a Arábia Saudita ser a sede dos dois lugares sagrados para o Islamismo.

MSB/rtr/afp

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