Os pases do Conselho de Cooperao do Golfo pressionaram hoje a Unio Europeia a aumentar a ajuda aos rebeldes srios, com o fornecimento de armas, enquanto a UE insistiu numa soluo poltica para o conflito srio.
Numa reunião conjunta em Manamá, o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e a UE discutiram a situação na Síria, no Irão e o risco de sectarismo na região.
No final, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Bahrein, Khaled al-Khalifa, afirmou numa conferência de imprensa com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, que os países do Golfo gostariam que a UE desempenhasse “um papel mais importante” no apoio às forças da oposição ao presidente sírio, Bashar al-Assad, que não envolva apenas ajuda humanitária.
Os países do CCG (Bahrein, Kuwait, Omã, Qatar, Árabia Saudita e Emirados Árabes Unidos) “têm uma atitude responsável ao ajudar os sírios. Não estamos a entregar armas a qualquer um, mas aos que necessitam de apoio para alcançar uma solução política”, disse o ministro.
Khaled al-Khalifa pediu também ao Irão e aos elementos do grupo xiita libanês Hezbollah para deixarem de colaborar com as forças do regime sírio.
A chefe da diplomacia europeia sublinhou que a UE está a trabalhar para impulsionar “uma solução política que traga a paz” e “acabe com o sofrimento do povo sírio”.
Na Síria, as forças do regime bombardearam hoje cidade de Homs, enquanto no norte do país, perto de Alepo, sete funcionários do Ministério da Educação morreram quando o helicóptero em que seguiam foi atingido pelos rebeldes.
O novo ataque a Homs, cidade conhecida como “a capital da revolução”, teve início no sábado e os bombardeamentos de hoje fizeram três mortos, uma mulher e duas crianças, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Segundo o OSDH, os combates em várias regiões da Síria fizeram no sábado 111 mortos, 36 dos quais civis.
Desde o início do conflito, em março de 2011, já morreram mais de 100 mil pessoas na Síria, de acordo com a mesma fonte.
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