Países poderão atingir 77°C e ficar inabitáveis

Uma pesquisa publicada pelo jornal Nature Climate Change, especializado em estudos relacionados ao clima, mostra que, até o fim deste século, algumas regiões do Golfo Pérsico terão ondas de calor tão intensas que será impossível para os seres humanos sobreviverem por lá.

Até o ano 2100, algumas partes do Qatar, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Bahrein, entre outros países da região, terão combinações de temperatura e umidade que vão superar a qualquer outra onda de calor já registrada na Terra desde que surgiu a raça humana, segundo informações divulgadas pelo jornal The Independent .

De acordo com o estudo, essas mudanças de temperatura serão registradas caso as emissões de CO2 (dióxido de carbono) — um dos gases responsáveis pelo efeito estufa — continuem na intensidade atual.

Ainda segundo a pesquisa, o ‘índice de calor’ — medida que determina a intensidade de calor sentida por uma pessoa, levando em consideração a temperatura e umidade do ar — poderá atingir entre 74°C e 77°C por, pelo menos, seis horas ao dia nos países do Golfo.

Essas temperaturas são tão altas que superam a nossa capacidade de produção de suor — mecanismo utilizado pelo corpo humano para ‘se livrar’ do calor — o que faz com que seja extremamente perigoso que qualquer pessoa saia de um ambiente fresco em qualquer horário.

As altas temperaturas não seriam registradas todos os dias, mas, de acordo com as simulações, as ‘superondas de calor’ vão atingir a região, pelo menos, uma vez por década até o final do século, o que fará com que centenas de pessoas percam a vida.

No entanto, nem todos os lugares no Golfo se tornariam inabitáveis por conta do calor extremo. Cidades desenvolvidas, como Abu Dhabi, Dubai e Doha, poderiam continuar funcionando por conta da alta oferta de aparelhos de ar-condicionado.

Incidentes relacionados ao calor extremos não são incomuns e têm ocorrido com frequência nos últimos anos. Na Arábia Saudita, a tradicional peregrinação à Meca tem gerado frequentes mortes devido à falta de ventilação e ao calor extremo.

Em 2003, uma forte onda de calor deixou milhares de mortos na Europa. Apenas na França, foram mais de 14 mil, a maioria de idosos. As temperaturas chegaram a atingir os 50°C em algumas regiões do continente. Neste ano, Egito, Sudão, Japão e Índia foram abalados por fortes ondas de calor, que deixaram centenas de mortos.

Em junho deste ano, um fenômeno semelhante matou mais 1.100 pessoas em apenas seis dias no Paquistão.

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