O Pentágono confirmou na manhã desta quarta-feira a libertação de nove homens e uma mulher detidos ontem pelo Irã depois de invadirem águas territoriais do país no Golfo Pérsico.
Em comunicado, o Pentágono acrescentou que “não há indicações de que os militares tenham sido feridos durante sua breve detenção”.
Ontem,o Irã abordou duas lanchas militares americanas que se deslocavam entre o Kuwait e o Bahrein, detendo os dez americanos, o que gerou uma rápida atividade diplomática entre Washington e Teerã para assegurar a libertação do grupo.
“Os soldados saíram da ilha de Farsi às 8h43 GMT (6h43 em Brasília) a bordo de dois botes Riverine Command que estavam operando, quando perderam contato com a Marinha americana”, explicou o Pentágono em comunicado.
Alguns deles deixaram o Irã em aviões militares americanos, enquanto outros ficaram responsáveis por levar as lanchas confiscadas de volta para as bases dos Estados Unidos na região.
O Pentágono afirmou que investigará os motivos pelos quais as duas lanchas invadiram as águas territoriais do Irã, que não considera, porém, que o ato possa ter sido fortuito levando em conta a tecnologia de satélites que os americanos possuem.
O incidente registrado ontem perto da ilha de Farsi, no coração da estratégica via marítima que a separa o Irã da península arábica, foi tratado pelas autoridades dos dois países com sobriedade e com mostras de confiança, algo pouco frequente na relação bilateral.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, entrou imediatamente em contato com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, para garantir a libertação imediata dos militares em troca de uma desculpa pública e a garantia de que esse tipo de incidente não voltará a se repetir.
Em comunicado divulgado hoje, Kerry expressou gratidão “às autoridades iranianas por sua cooperação na rápida resolução deste assunto”.
Fonte: Do Terra
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