Claire Williams diz que time não tem expectativa de vencer por enquanto (Foto: Getty Images)
O desempenho excepcional nos
testes da pré-temporada empolgou os fãs da Williams. Com Felipe Massa cravando
o melhor tempo nos oito dias de avaliações no Bahrein, a torcida chegou a
acreditar que a tradicional escuderia inglesa estaria preparada para voltar a
vencer. No entanto, após três GPs já disputados, o time de Grove mantém o
incômodo jejum de 37 corridas sem comparecer ao pódio.
A chefe-adjunta Claire
Williams nega que haja um sentimento de frustração por causa do desempenho
apresentado até agora. Para a filha de Sir Frank Williams, não havia
expectativa de vencer em um prazo tão curto. A equipe, dona de nove títulos do
Mundial de Construtores e sete do Mundial de Pilotos, acredita que a meta mais
plausível para este ano é marcar pontos de forma consistente e brigar por
alguns pódios ao longo da temporada.
– Houve muitos comentários
empolgados, mas nós sabíamos exatamente onde estávamos. Então, nós nunca
tivemos a expectativa de vencer corridas, e nunca começamos uma nova temporada
pensando que vamos vencer. É claro que o sentimento de que podemos voltar a
vencer foi ótimo, e isso nos deu muita força para continuarmos as mudanças. Para
nós, marcar pontos de forma assídua e brigar por alguns pódios já seria
fantástico – disse Claire.
Mesmo ocupando um lugar de
destaque na galeria de vencedores da Fórmula 1, a Williams atravessa uma de
suas piores fases. Com exceção à surpreendente vitória de Pastor Maldonado no
GP da Espanha de 2012, o time acumula, há anos, resultados não condizentes à
sua grandeza. No ano passado, a equipe marcou apenas cinco pontos e teve o
oitavo lugar do finlandês Valtteri Bottas no GP dos EUA como melhor resultado. Com 30 pontos, o desempenho em 2014 já superou o retrospecto recente.
Claire Williams ao lado do pai e da dupla de pilotos da equipe, na apresentação do FW36 (Foto: Getty Images)
Decidida a se reerguer, a
escuderia britânica aproveitou a profunda alteração no regulamento da Fórmula 1
para se mexer. Além da contratação de Felipe Massa, oriundo da Ferrari, a
Williams trocou os motores da francesa Renault pelos da alemã Mercedes e
reforçou seu quadro técnico, com a chegada dos engenheiros Pat Symonds e Rob
Smedley. Claire não esconde a ambição do time para os próximos anos e diz que
vencer de novo seria mágico.
– É claro que queremos sempre
ter os dois carros entre os 10 primeiros no classificatório, e ambos marcando
bons pontos em todas as corridas. Seria algo mágico se nós pudéssemos ganhar
uma corrida de novo, mas isso é um passo grande demais na comparação com o
lugar onde estávamos no ano passado. Há muita ambição para voltarmos aos bons
tempos. Temos um grande carro e dois grandes pilotos – avaliou a chefe-adjunta
da Williams.
A filha do fundador do time
não economiza elogios a Felipe Massa, apontado como um dos pilares da renovação
da Williams. Apesar de toda a repercussão negativa gerada após o brasileiro desrespeitar
a polêmica ordem dada durante o GP da Malásia, Claire diz que o piloto já se
sente em casa na nova equipe. A dirigente também aponta a experiência adquirida
nos anos de Ferrari como um dos pontos fortes de Massa.
– A experiência de Felipe o
tornou muito atraente para nós. É claro que ele compartilha muitas coisas que
aprendeu na Ferrari, apesar de não revelar os segredos (risos). Existem semelhanças
entre Ferrari e Williams, como o fato de que somos igualmente apaixonados pelo
que fazemos e de que estamos aqui para ganhar. Acho que o espírito familiar é
forte em ambas, e sabemos como fazê-lo se sentir em casa – afirmou Claire.
Felipe Massa é apontado como peça-chave na nova fase do time de Sir Frank Williams (Foto: AFP)
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