No total, 91 pessoas foram condenadas em quatro dias neste emirado do Golfo, confrontado com um movimento de contestação à dinastia sunita.
Os quatro acusados, dois julgados à revelia, foram considerados culpados de formação de um grupo “terrorista”, tentativa de assassinato e detonação de explosivos, segundo a mesma fonte. Em novembro de 2012, terão colocado num bairro de Manama duas bombas de fabrico artesanal, e a explosão de um dos engenhos feriu um homem de origem asiática que procedia à recolha de lixo.
No domingo, 50 militantes xiitas foram condenados a penas entre cinco e 15 anos de prisão por terem dirigido o movimento de contestação contra a monarquia, em conluio com o Irão. E na segunda-feira, foram aplicadas penas similares a mais 37 xiitas por envolvimento em atos “terroristas”.
O pequeno reino do Golfo dirigido pela dinastia sunita dos Al-Khalifa conhece desde 2011 um movimento de contestação liderado pela maioria xiita e que exige uma monarquia constitucional.
Confrontado com a persistente contestação xiita, o poder agravou as penas para os autores de atos violentos e introduziu a pena de morte ou a prisão perpétua em caso de mortos ou feridos.
De acordo com a Federação internacional dos direitos humanos, 89 pessoas foram mortas no Bahrein desde o início dos protestos e que implicaram em março de 2011 uma intervenção militar da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, aliados da monarquia absoluta sunita.